sexta-feira, 22 de outubro de 2010

terça-feira, 27 de abril de 2010

Um dia, um museu


Bem! Neste momento tenho tantos assuntos para escrever, entretanto, tenho ou gostaria de manter uma certa coerência neste blog, que é falar de minha trajetória de vida e de minha arte; de meus trabalhos e, claro,também mostra-los.

Um dia descobri o Masp, museu de arte de São Paulo. Andava pelo meus 16 anos e algumas poucas informações sobre os grandes mestres da pintura, vale dizer, que cresci em um bairro pobre no seio de uma família pobre, cultura pouca, quase inexistente. Porém. algo me inquietava, havia um mundo imenso a ser conhecido, descoberto. O Masp me esperava na Rua 7 de Abril, centro velho, antiga sede dos Diários Associados, grupo jornalístico, Não lembro como tomei coragem de superar todos meus limites, incluindo ai uma terrível timidez intelectual. Ao entrar, era como se entrasse em um templo sagrado de um respirar suspenso...Humm! Renoir Picasso os Van Goghs a paz o silêncio Portinari a imensidão de um novo horizonte, ah! Modigliani modigliani transformando meu olhar de noviço aventureiro, e um novo continente desmoldava a pobreza...

sábado, 15 de agosto de 2009

são paulo, a cidade


Passei parte de minha juventude escorregando pelas ruas do centro, digo escorregando literalmente. No apinhado de gente, eu contra o relógio, desviar do transeunte, no sentido contrário, foi uma arte adquirida, na Direita, na São Bento, na XV, o banco fecha as quatros...Lembro de um deficiente visual, impertigado, terno, gravata , indefectível bengala, arremedo de olhos, saltando-lhes pela órbita, assegurou-me alguém, - advogado! No mar de gente fluindo, o toque inevitável, ato reflexo, devolvia rudemente o esbarrão com um sonoro - "Ei! Você é cego? Havia muitos... Esbarrões, cegos, mendigos, malandros e afins e uma pulsante cidade de um bonde maravilhoso, o "Avenidas". Do centro percorria a Paulista, uma outra, orgulhosa, e diferente Paulista, gosto da de hoje, um tanto modernosa, incomparável o charme da anterior, com seu orgulhoso bonde, chic, esvidraçadas janelas, do assento ao teto e bancos reversíveis, pasmém, candelabros. Descendo a Angélica até a Marechal. Um de meus pecadilhos era simplesmente passear nesse caleidoscópio. Vezes, junto a meu irmão mais velho, desciamos na Bueno Aires, a pé, até o Pacaembú para assistir "o mais querido" às quartas a tarde. Nunca soube se esse, tinha um apelido, no entanto o do proletariado, sim! "Camarão"! Também nunca soube porque. Este, fechado, os abertos já em desuso...Ó! O trânsito nessa época já era uma merda!!!!!!!!!

sábado, 1 de agosto de 2009

"Nada de pedir ao coração que saiba manter seu lugar..."Montesquieu


Bem que me lembro, bem que não me recordo, quando exatamente, fremente, meu coração falou:- "Olha, cara! Você é das Artes" "O que?" "Que é isso?" Bem, até hoje não sei... E o que sabemos com certeza, pouca coisa, não é? O fato mesmo, é que o leme aprumou, o vento a vela enfunou. Esse seu rumo! -"Vai lá, cara!" Tinha eu, meus quatorzequinze, comecei juntando moedinhas, troquinhos, passes de bonde...Queria pintar mesmo antes de aprender a desenhar, e com tanto empenho e nada das pequenas distrações da gula, comprei minha primeira maletinha de pintura, toda completa, cavalete,tela e tudo. Um tesouro! E caro!!!- "Cara!" Agora você é um pintor..."Quebrei a cara". Lógico, coração manda fazer e não lhe dá manual. Travei! Deus! Será que agora serei apenas um funcionáriozinho de banco, escritório, ai! A chama ardia, e nas vagas horas tornei-me um rabiscador, sonhando com as vagas espantando a calmaria. Chegou nos meus vintes. Na época a moda era a publicidade, vivia copiando rótulos e letras. Seria, então, publicitário, "Chic!" Escolas? Ora as escolas...Eu ledor compulsivo não gostava delas, porém lia de tudo, sobre tudo, e, em um anúncio de jornal, despontou... "terra á vista"! Precisa-se de Desenhista, apenas isso. Sim, mas de que tipo? São tantos. Juntei meus toscos "rótulos" e com o rótulo de Desenhista me apresentei, com o coração na boléia, ainda bem! Bem, não é "disto" que precisamos, disse a Moça. -Do que é, perguntei?- Aqui é uma estamparia de tecido, respondeu. "Você conhece? "Conheço!". Coração respondeu... Eu? Não tinha a menor idéia, tampouco ouvido falar. "Faz um teste? - Tremi todo.- "Claro!" Presuroso, respondeu "Êle". E finalmente, as Artes. Ah! O fato é que nos vinte e cinco anos seguintes, ainda não era um Pintooor, porém, feliz, mesmo nas segundas-feiras, pintava umas florinhas que pagavam minhas contas no pequeno porto onde vivia...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A procura da Arte

Este simpático cachorrinho aí ao lado foi morar nos USA, bem, talvez temporariamente, eis que, foi escolhido por uma gerente de uma galeria em Atlantica, GA, entre outros para uma futura exposição. Bem, quis o destino que as coisas não funcionassem a contento e me parece que ele tá mais perdido que cachorro que cai da mudança, coitado! Esta lá ainda enrolado em algum canto, eu cá, ainda enrolado com minhas cojecturas idiossincráticas a procura de um estilo. Àquele estilo que os críticos veem uma história, uma coerência, e, claro um "mercado", além de uma técnica primorosamente madura. O mais certo é que provàvelmente eu não esteja mesmo maduro, afinal, além de ser autodidata e não ter tido nenhum "mestre", pois pinto menos que dez anos, será que deveria procurar por um estilo? Ou ir pintando alegremente um pouco de tudo e permitir que minha alma tomasse de meu pincel e resolvesse por mim? Pô! axo q tô em crise!!!!!!!!! Oh! Deuses! , Musas! Cuidai para que eu possa vos honrar, agora e sempre, per seculorum!!!!!!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Satírica Monalisa



Esse desenho de pura descontração feito assim como quem nada quer em um momento de nada querer. Burlei o sabotador. Arre!!!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

APRENDER FAZENDO


Talvez seja uma maldição que me acompanha! Nada me caiu na bandeja! Nunca ninguém me deu nada, me ensinou, me informou. Claro, culpa de ninguém! Mas é culpa minha? Não sei... Tudo do pouco que sei, e é muito pouco, tive que ir buscar... Sozinho!!! Tateando no escuro. Mêdo...covardia...timidez!!!! Sei lá! Mas quanta pusilanimidade. Arre! O que é isso? Nasci assim? Malformação neural? Sinapse preguiçosa??? Condições sócio-culturais inadequadas, e bote inadequadas aí, bairro periférico da periferia operária. E aja rápido, seja minimamente esperto, senão o pouquinho mais esperto te atropela. Darwin tinha razão... Tinha? Parece que sim!
Ah! Retifico, expurgo. Na aurora de minha infância Lobato e sua Emília começaram a me resgatar do cinza... Hoje eu pinto... escrevo em um blog... Gente!!! Estou na Internet!!!!!